Ranking
Qual é o teu time favorito?
Real Madrid
Barcelona
Manchester United
Sport Lisboa e Benfica
Sporting
Petro de Luanda
1º de Agosto
Chelsea
Ver Resultados








Total de visitas: 100016

Educação

Educação

Crianças estudando em uma sala de aula em Bié, Angola.

Logo depois da independência do país, uma das prioridades foi a de expandir o ensino e de incutir-lhe um novo espírito. Neste sentido, mobilizaram-se não apenas os recursos humanos e materiais existentes em Angola, mas concluiu-se um acordo com Cuba que previu uma intensa colaboração deste país no sector da educação (como, por sinal, também no da saúde). Esta colaboração, de uma notável eficácia, durou 15 anos, e possibilitou avanços significativos em termos não apenas de uma cobertura do território como também de um aperfeiçoamento da qualidade dos professores e do seu ensino. [31].

Apesar destes avanços, a situação continua até hoje pouco satisfactória. Enquanto na lei o ensino em Angola é compulsório e gratuito até aos oito anos, o governo reporta que uma percentagem significativa de crianças não está matriculada em escolas por causa da falta de estabelecimentos escolares e de professores.[32] Estudantes são normalmente responsáveis por pagar despesas adicionais relacionadas com a escola, incluindo livros e alimentação.[32] Ainda continua a ser significante as disparidades na matrícula de jovens entre as áreas rural e urbana. Em 1995, 71,2% das crianças com idade entre 7 e 14 anos estavam matriculadas na escola.[32] É reportado que uma percentagem maior de rapazes está matriculada na escola em relação às raparigas.[32] Durante a Guerra Civil Angolana (1975-2002), aproximadamente metade de todas as escolas foi saqueada e destruída, levando o país aos actuais problemas com falta de escolas.[32] O Ministro da Educação contratou 20 mil novos professores em 2005 e continua a implementar a formação de professores.[32] Os professores tendem a receber um salário baixo, sendo inadequadamente formados e sobrecarregados de trabalho (às vezes ensinando durante dois ou três turnos por dia).[32] Professores também reportaram suborno directamente dos seus estudantes.[32] Outros factores, como a presença de minas terrestres, falta de recursos e documentos de identidade e a pobre saúde também afastam as crianças de frequentar regularmente a escola.[32] Apesar dos recursos alocados para a educação terem crescido em 2004, o sistema educacional da Angola continua a receber recursos muito abaixo do necessário.[32] A taxa de alfabetização é muito baixa, com 67,4% da população acima dos 15 anos que sabem ler e escrever português. 82,9% dos homens e 54,2% das mulheres são alfabetizados, em 2001.[carece de fontes?] Desde a independência de Portugal, em 1975, uma quantidade consideráveis de estudantes angolanos continuaram a ir todos os anos para escolas, instituições politécnicas e universidades portuguesas, brasileiras, russas e cubanas através de acordos bilaterais.

Por outro lado, verificou-se no ensino superior um crescimento notável. A Universidade Agostinho Neto, pública, herdeira da embrionária Universidade de Angola dos tempos coloniais, chegou a ter cerca de 40 faculdades espalhadas por todo o país; em 2009 foi desmembrada, continuando a existir como tal apenas em Luanda e na Província do Bengo, enquanto se constituíram, a partir das faculdades existentes, seis universidades autónomas (Benguela, Cabinda, Huambo, Lubango, Malanje). Além disto existe desde a independência a Universidade Católica de Angola, em Luanda. A partir dos anos 1990, fundaram-se toda uma série de universidades privadas, algumas ligadas a universidades portuguesas Universidade Jean Piaget de Angola, Universidade Lusófona de Angola, Universidade Lusíada de Angola, (todas em Luanda), outras resultantes de iniciativas angolanas: a Universidade Privada de Angola com campus em Luanda e no Lubango, e em Luanda ainda a Universidade Metodista de Angola e a Universidade Técnica de Angola, a Universidade Independente de Angola, a Universidade Metropolitana de Angola bem como o Instituto Superior de Ciências Sociais e Relações Internacionais. Todos estes estabelecimentos lutam, em grau maior e menor, com problemas de qualidade, e em Luanda alguns começam a ter problemas de procura[33].